Dentro do processo de caldeiraria, várias peças e equipamentos podem ser criados, o que caracteriza a grande funcionalidade desse setor. Sua versatilidade é tão incrível que mesmo sendo uma técnica antiga, da Idade Média, ainda é utilizada nos dias de hoje.
Na metalurgia, esse método sempre teve um espaço especial na linha de fabricação. O metal ganha novas formas na caldeiraria e vai para diversos setores, como indústrias, construção civil, tecnologia e até o agronegócio.
Quer entender mais sobre esse ramo? Então, acompanhe este texto!
A caldeiraria é o processo responsável pela fabricação de utensílios metálicos por meio de técnicas de corte, dobra e soldagem de chapas de metal, criando peças únicas e de grande utilidade. Inclusive, nessa área, é possível criar ferramentas personalizadas, conforme a necessidade do projeto.
Embora existam muitos equipamentos para auxiliar na execução, esse processo de desenvolvimento de uma ferramenta é um trabalho quase que manual, pois exige testes e correções para validá-la para uso em escala na produção.
Na caldeiraria, o profissional recebe uma placa de metal bruta, ou seja, a matéria-prima para criar a peça, e a partir daí, com o projeto em mãos, molda aquela placa para que ela fique igual ao pedido. Isso é feito de várias maneiras, usando diferentes técnicas. Por isso, o caldeireiro precisa ser extremamente qualificado para garantir um bom produto final.
Muita gente confunde os dois termos, porém é preciso entender que, embora a caldeiraria faça parte da metalurgia, elas são processos diferentes.
Enquanto a caldeiraria é responsável por produzir equipamentos específicos, a metalurgia é a área que estuda os metais e suas propriedades, abrangendo todo o processo de transformação deles em ligas e produtos acabados (como aço, alumínio, cobre etc.), desde a sua extração.
Essas técnicas são utilizadas em vários setores da nossa economia, além da indústria, como construção civil, agronegócio, naval e muitos outros. Isso se dá devido à sua versatilidade na criação de peças e equipamentos como:
Esse ramo é muito extenso e vamos te mostrar dois exemplos disso. Imagine uma fazenda produtora de soja no interior de Goiás que acabou de fazer a colheita. Bom, ela precisa armazenar todo o material para iniciar o transporte, seja para outros estados ou para exportar para fora do país, concorda? É por meio dos silos fabricados na caldeiraria que a fazenda terá seu armazenamento seguro.
Saindo do campo e indo para o meio do oceano, as redes petrolíferas também precisam de tanques para armazenar petróleo e outros líquidos ou até mesmo dutos e tubos para o trabalho. Então, é missão do caldeireiro produzir esses equipamentos.
Além disso, a caldeiraria é aplicada em vários outros segmentos, na criação de peças para máquinas, escadas, plataformas para fábricas, roscas transportadoras e muito mais!
Como dissemos, a caldeiraria tem origem ainda na Idade Média, quando a humanidade começou a trabalhar melhor com o metal. Podemos chamar de caldeireiros os profissionais que montavam armaduras, escudos e outros apetrechos para os cavaleiros.
Naquela época, a chapa de metal era aquecida e, por meio do martelamento, ia ganhando a forma desejada. Com o tempo e a evolução, o processo foi se aprimorando e ganhando a forma como conhecemos hoje. Porém, a grande mudança ocorreu na Revolução Industrial, no início do século 18, quando surgiram equipamentos a vapor.
Com esse crescimento, a caldeiraria ganhou destaque, sendo essencial desde a criação de máquinas de tear até na ferrovia para transportar pessoas. Hoje, com ajuda da tecnologia, ela ainda segue tendo sua importância na indústria.
Vale destacar que na caldeiraria existe o caldeireiro, responsável por criar a peça, e o profissional que faz a montagem, como o funileiro. Por isso, confira a seguir os tipos desse setor tão fundamental para a economia:
Agora que já falamos um pouco sobre a caldeiraria e como ela pode ser aplicada, vamos explicar as técnicas usadas nesse processo:
O processo de corte é essencial dentro da caldeiraria e pode ser realizado de diversas formas, especialmente das maneiras listamos a seguir:
Após o corte, é feito o processo de conformação, também conhecido como dobra, no qual o produto é moldado de acordo com a necessidade de sua produção. Geralmente, a dobra é realizada das seguintes maneiras:
Após as peças serem cortadas e dobradas, o processo de soldagem vai uni-las, tornando-as estruturas mais resistentes e seguras. Os tipos mais comuns de soldagem são:
Depois, as peças passam pelo processo de usinagem, que prepara esse material para a montagem. Alguns exemplos são:
Depois de preparadas, as peças são montadas e ajustadas. Isso pode ser feito das seguintes maneiras:
Após montadas, as estruturas precisam passar por processos de revestimento e acabamento:
Depois de prontas, as estruturas devem ser inspecionadas por especialistas e passar por testes de qualidade, de modo a analisar a integridade estrutural, possíveis vazamentos e a resistência das peças.
Esses passos desempenham um papel fundamental na caldeiraria, contribuindo para a produção de estruturas metálicas seguras, duráveis e alinhadas aos padrões e às regulamentações do setor.
Agora que citamos as técnicas aplicadas na caldeiraria, vamos falar um pouco sobre os equipamentos utilizados nesses processos.
E, claro, dentro de todas as etapas da caldeiraria, são usadas outras ferramentas que auxiliam os caldeireiros, como chaves, martelos, serras e esmerilhadeiras, que podem ser usadas em vários momentos.
Você viu neste texto o que é e como funciona a caldeiraria no processo industrial. Além disso, contamos um pouco, também, sobre a história dessa técnica que, embora exista há séculos, permanece sendo fundamental para muitos processos industriais.
Nessa área, o caldeireiro trabalha de diversas formas com o metal, uma delas é fazendo soldas. Quer saber mais sobre isso? Confira o texto que fizemos sobre os tipos de soldas e suas aplicações!
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